Você já deve ter ouvido falar que as gorduras trans são ruins para a nossa saúde não é? Mas quem são elas? Por que fazem mal? Qual a ingestão diária recomendada? Onde são encontradas?
Bom, o porquê de o assunto de hoje ser as gorduras
trans é que de um tempo pra cá passei a observar o rótulo dos alimentos, principalmente
a informação nutricional.
E olhando descobri que uma porção de margarina da marca Primor possui 1,3g de
gordura trans, essa porção equivale a 1 colher de sopa. Fiquei muito surpreso,
pois muitas indústrias já modificaram seus produtos a fim de eliminar ou
reduzir de forma significativa esse componente e também por ser a margarina que
eu mais consumia. Percebi então que ainda existem muitos produtos no mercado
com grande quantidade de gordura trans em sua composição, como sorvetes,
picolés, biscoitos, panetones, compostos lácteos, entre outros.
O que são gorduras trans?
Gorduras trans são um tipo
de gordura formada naturalmente, por exemplo, quando a vaca rumina (ex: leite),
ou industrialmente durante o processo de hidrogenação parcial que transforma os
óleos em gorduras mais consistentes à temperatura ambiente (ex: margarinas).
As gorduras saturadas estão
presentes geralmente em maior quantidade nas gorduras animais, portanto, devido
a associação desse tipo de gordura ao desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, a sua ingestão em grandes quantidades não é indicada, assim,
os óleos vegetais ricos em gorduras insaturadas parecem ser a melhor opção. A
possibilidade de “transformar” óleo em gordura por meio do processo de
hidrogenação soou maravilhosamente para a indústria e para os consumidores, já
que seria possível ter uma gordura sem ácidos graxos saturados que ainda
deixava os alimentos mais saborosos e conservados. Diante disso a utilização de
gordura vegetal hidrogenada pela indústria alimentícia ganhou força em
substituição a gordura animal, em biscoitos, margarinas, sorvetes, etc.
Sóóóó que para o terror da
indústria e dos consumidores descobriram a existência dessas benditas gorduras
trans e que elas eram piores para a saúde do que mesmo as gorduras saturadas,
iniciando aí a busca de uma forma de diminuir a quantidade dessas nos alimentos,
o que perdura até os dias atuais, pois ainda podemos encontrar diversos alimentos
“cheios” de gorduras trans.
Por
que fazem mal?
A gordura que deixa tudo delicioso também entope os vasos
sanguíneos e causa o acidente vascular cerebral, mal responsável pela
hospitalização de 168.000 brasileiros em 2013.
O Ministro da Saúde, com base nos números, se empenha em dar um fim na
utilização dessa gordura, mas a Associação Brasileira das Indústrias da
Alimentação alega que não há alternativa viável por enquanto.
A lista de problemas é
enorme. O fato mais conhecido é que a gordura trans aumenta o
LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom)
no sangue. Ela também é responsável pela produção da gordura visceral, que
se acumula na região da cintura. Isso leva à síndrome metabólica, uma conjunto
de doenças graves: diabetes, pressão alta, alto nível de colesterol
ruim e de triglicérides no sangue.
Essa combinação causa acúmulo de placas de gordura na
parede dos vasos sanguíneos, fator que pode resultar em ataque cardíaco e AVC
(acidente vascular cerebral). Pesquisas sugerem que as mulheres que consomem
altos índices de gordura trans têm duas vezes mais chances de sofrer de câncer
de mama. Já outros estudos indicam que a gordura trans podem estar ligadas com
o aumento da incidência de depressão.
Qual
a ingestão diária recomendada?
Não
existe um valor diário de referência estabelecido na legislação brasileira para
esse nutriente.
Como
saber se um alimento tem gordura trans?
Olhe o rótulo que ele lhe mostrará.
Mas há um probleminha ainda, a legislação considera como “zero gordura trans”
produtos que possuam uma quantidade igual ou inferior a 0,2 g (RDC nº 360/03)
POR PORÇÃO, considerando que um biscoito recheado leve gordura hidrogenada na
sua composição e indique na sua tabela nutricional que o mesmo não possui
gorduras trans, você deve parar deduzir que na porção pode ser zero, mas no
pacote inteiro não, e é mais provável que você coma três biscoitos ou logo o
pacote todo?
Agora, mais do que nunca ficarei de olho na informação nutricional, vou dar
mais atenção ao meu coração.
Ah, e na escolha da margarina, compre a mais "molinha".
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Perguntas & Respostas
ABIA sobre gorduras trans. ABIA –
Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação. Disponível em: <
http://www.abia.org.br/anexos/07qa-abiasobregordurastrans-final.pdf>. Acesso
em 25 fev. 2015.
Perguntas & respostas.
Gordura trans. Veja.com. Disponível
em:
Acesso em 25 fev. 2015.
Wecton Rivas
Tecnólogo em Alimentos..
Bom, o porquê de o assunto de hoje ser as gorduras
trans é que de um tempo pra cá passei a observar o rótulo dos alimentos, principalmente
a informação nutricional.
E olhando descobri que uma porção de margarina da marca Primor possui 1,3g de
gordura trans, essa porção equivale a 1 colher de sopa. Fiquei muito surpreso,
pois muitas indústrias já modificaram seus produtos a fim de eliminar ou
reduzir de forma significativa esse componente e também por ser a margarina que
eu mais consumia. Percebi então que ainda existem muitos produtos no mercado
com grande quantidade de gordura trans em sua composição, como sorvetes,
picolés, biscoitos, panetones, compostos lácteos, entre outros.
O que são gorduras trans?
Gorduras trans são um tipo
de gordura formada naturalmente, por exemplo, quando a vaca rumina (ex: leite),
ou industrialmente durante o processo de hidrogenação parcial que transforma os
óleos em gorduras mais consistentes à temperatura ambiente (ex: margarinas).
As gorduras saturadas estão
presentes geralmente em maior quantidade nas gorduras animais, portanto, devido
a associação desse tipo de gordura ao desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, a sua ingestão em grandes quantidades não é indicada, assim,
os óleos vegetais ricos em gorduras insaturadas parecem ser a melhor opção. A
possibilidade de “transformar” óleo em gordura por meio do processo de
hidrogenação soou maravilhosamente para a indústria e para os consumidores, já
que seria possível ter uma gordura sem ácidos graxos saturados que ainda
deixava os alimentos mais saborosos e conservados. Diante disso a utilização de
gordura vegetal hidrogenada pela indústria alimentícia ganhou força em
substituição a gordura animal, em biscoitos, margarinas, sorvetes, etc.
Sóóóó que para o terror da
indústria e dos consumidores descobriram a existência dessas benditas gorduras
trans e que elas eram piores para a saúde do que mesmo as gorduras saturadas,
iniciando aí a busca de uma forma de diminuir a quantidade dessas nos alimentos,
o que perdura até os dias atuais, pois ainda podemos encontrar diversos alimentos
“cheios” de gorduras trans.
Por
que fazem mal?
A gordura que deixa tudo delicioso também entope os vasos
sanguíneos e causa o acidente vascular cerebral, mal responsável pela
hospitalização de 168.000 brasileiros em 2013.
O Ministro da Saúde, com base nos números, se empenha em dar um fim na
utilização dessa gordura, mas a Associação Brasileira das Indústrias da
Alimentação alega que não há alternativa viável por enquanto.
A lista de problemas é
enorme. O fato mais conhecido é que a gordura trans aumenta o
LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom)
no sangue. Ela também é responsável pela produção da gordura visceral, que
se acumula na região da cintura. Isso leva à síndrome metabólica, uma conjunto
de doenças graves: diabetes, pressão alta, alto nível de colesterol
ruim e de triglicérides no sangue.
Essa combinação causa acúmulo de placas de gordura na
parede dos vasos sanguíneos, fator que pode resultar em ataque cardíaco e AVC
(acidente vascular cerebral). Pesquisas sugerem que as mulheres que consomem
altos índices de gordura trans têm duas vezes mais chances de sofrer de câncer
de mama. Já outros estudos indicam que a gordura trans podem estar ligadas com
o aumento da incidência de depressão.
Qual
a ingestão diária recomendada?
Não
existe um valor diário de referência estabelecido na legislação brasileira para
esse nutriente.
Como
saber se um alimento tem gordura trans?
Olhe o rótulo que ele lhe mostrará.
Mas há um probleminha ainda, a legislação considera como “zero gordura trans”
produtos que possuam uma quantidade igual ou inferior a 0,2 g (RDC nº 360/03)
POR PORÇÃO, considerando que um biscoito recheado leve gordura hidrogenada na
sua composição e indique na sua tabela nutricional que o mesmo não possui
gorduras trans, você deve parar deduzir que na porção pode ser zero, mas no
pacote inteiro não, e é mais provável que você coma três biscoitos ou logo o
pacote todo?
Agora, mais do que nunca ficarei de olho na informação nutricional, vou dar
mais atenção ao meu coração.
Ah, e na escolha da margarina, compre a mais "molinha".
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Perguntas & Respostas
ABIA sobre gorduras trans. ABIA –
Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação. Disponível em: <
http://www.abia.org.br/anexos/07qa-abiasobregordurastrans-final.pdf>. Acesso
em 25 fev. 2015.
Perguntas & respostas.
Gordura trans. Veja.com. Disponível
em:
Acesso em 25 fev. 2015.
Wecton Rivas
Tecnólogo em Alimentos..
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