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domingo, 15 de novembro de 2015

Cápsulas que curam o câncer? Conheça a "fosfo"


Fosfoetanolamina (Foto: TV Globo)
A fosfoetanolamina sintética, ou simplesmente “fosfo” como é mais conhecida, é uma substância fabricada num laboratório do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), a qual muitos acreditam ser um tratamento contra o câncer mais eficaz que a quimioterapia atual. Essas cápsulas azuis e brancas foram o assunto do programa Conexão Repórter desse domingo (15) no SBT, onde alguns defensores da substância foram entrevistados, assim como os que são contra o seu uso.
A questão é que a substância é produzida e utilizada já faz tempo, mas até hoje não passou pelos testes necessários para a comprovação da sua eficácia ou dos seus efeitos colaterais. O químico Gilberto Orivaldo Chierice, professor aposentado, começou a estudar a substância na década de 1980 e passou a trabalhar com a hipótese de que ela teria uma ação anticancerígena. Ele desenvolveu, então, um método próprio para sintetizar a substância em laboratório. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), responsável por registrar e permitir o comércio de qualquer medicamento no país, diz que a distribuição da droga é ilegal por nunca ter passado por testes clínicos.

Ainda que corra o risco do produto ser apenas um mito de remédio milagroso, pessoas com câncer veem isso como uma luz no fim do túnel, afinal a esperança é a última que morre.

Seria esse um caso de falta de “boa vontade”? Por que ainda não existem tais pesquisas sobre o assunto?
Onde tem isso?

Até pouco tempo a droga era fornecida pelo laboratório da USP para qualquer um que apresentasse uma liminar, pois nesse caso eles eram obrigados pela justiça, porém o número de processos cresceu tanto que a universidade não conseguiria suprir essa demanda, visto que não possuem estrutura para a produção em larga escala, assim nessa última quarta-feira (11) o Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo determinou a suspensão do fornecimento da substância, cassando todas as liminares de primeira instância e proibindo que juízes do Estado tomem decisões futuras sobre o assunto.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou nesta quinta-feira (12) que deverão ser destinados R$ 10 milhões para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina em um período de 2 anos. A recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso da substância até que os estudos sejam concluídos.


Fica a pergunta: pessoas com câncer podem esperar todo esse tempo?

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